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Anamnese


          Tem como ponto de partida a correta identificação das queixas da paciente. O mais comum é que mais de um sintoma esteja presente em cada caso, o que freqüentemente confunde tanto a paciente quanto o médico.

          Os sintomas urinários em pacientes incontinentes estão relacionados à fase de enchimento vesical, sendo, por isso, chamados de sintomas de armazenamento.

          A anamnese deve pesquisar, ainda, associação de outras doenças como pneumopatias obstrutivas, hipertensão arterial e diabetes, assim como antecedentes cirúrgicos, obstétricos e especial atenção a medicamentos que a paciente possa estar usando para outras condições clínicas, mas que tem ação no trato urinário inferior. São exemplos, anti-hipertensivos como alfa-metildopa e reserpina, neurolépticos, como clorpromazina e haloperidol e benzodiazepínicos.


Exame Físico

          Não se limita ao exame ginecológico, cabendo avaliação neurológica sucinta com observação da marcha, inspeção da prega interglútea, pesquisa dos reflexos patelar, bulbocavernoso e perianal, assim como a força em membros inferiores. A presença de alterações requer parecer de neurologista.
São cruciais o trofismo genital, a presença de distopias e o tônus da musculatura do assoalho pélvico. O toque bimanual identificará eventuais massas pélvicas que possam estar contribuindo para a incontinência e que precisam ser tratadas concomitantemente.
Procura-se demonstrar, objetivamente, a perda de urina executando-se manobras que aumentem a pressão intra-abdominal, como tossir ou Valsalva, com a paciente deitada ou de pé.

          A hipermobilidade uretral pode ser aferida pela inspeção da parede vaginal anterior durante manobra de esforço, ou através do teste do cotonete (Q-tip teste), que mede o arco descrito por um swab introduzido na uretra, até o colo vesical, durante manobra de esforço. Deslocamentos superiores a 30 graus sugerem hipermobilidade.


Exames complementares

          São indispensáveis o exame de sedimento urinário e a urocultura. As infecções urinárias podem cursar com sintomas irritativos como urgência e polaciúria, que simulam incontinência, assim como desencadear contrações involuntárias do detrusor; a função esfincteriana uretral pode ser alterada pela ação de toxinas bacterianas. Além disso, para a manipulação do trato urinário no estudo urodinâmico, deve-se assegurar da ausência de infecções.

           A citologia oncótica urinária está indicada em pacientes com mais de 50 anos, tabagistas, com hematúria ou com sintomas irritativos para os quais não se encontra justificativa ou não cedem com tratamento rotineiro.
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