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As incontinências urinárias de esforço são mais frequentemente tratadas cirurgicamente. Diversas são as técnicas disponíveis; todas, entretanto, têm 3 objetivos fundamentais:

  • Corrigir a hipermobilidade do colo vesical;
  • Restabelecer a função esfincteriana da uretra;
  • Reconstrução anatômica do assoalho pélvico com correção de distopias associadas.

São essas as principais opções cirúrgicas:

  • Uretropexia vaginal;
  • Colpossuspensões retropúbicas;
  • Cirurgias tipo "sling" ou alças;
  • Injeções periuretrais.

          A uretropexia vaginal, mais conhecida como operação de Kelly-Kennedy, consiste na plicatura da fáscia uretrovesical, objetivando elevação e sustentação do colo vesical; normalmente é complementada com colpoperineorrafia e miorrafia dos levantadores do ânus.

          Durante muitos anos foi a primeira opção cirúrgica e, conseqüentemente, a mais utilizada. Era norma bem difundida indicar primeiro a operação de Kelly-Kennedy e, em caso de fracasso, optar pela operação de Burch. Esta postura está totalmente abandonada. Os índices de cura relatados com a uretropexia vaginal, em seguimentos de 1 ano ou mais, variam de 31% a 65 %. Esses resultados, aliados ao fato de ser a primeira operação a que tem mais chances de cura, têm tornado a uretropexia vaginal uma opção de exceção. Tem indicação restrita a casos de incontinências leves, em pacientes obesas ou com outras limitações clínicas, ou ainda, com interesse maior em correção de distopias. Assim mesmo, outras técnicas podem ser empregadas em tais situações.

          Entre as colpossuspensões retropúbicas temos utilizado, exclusivamente, a técnica de Burch. É a primeira opção em incontinências por hipermobilidade, apontada como a mais eficiente em avaliações pós-operatórias de longo prazo, com indiscutível superioridade sobre a uretropexia vaginal. Os índices de cura estão em torno de 85 %.

          Para os casos de incontinência por deficiência esfincteriana intrínseca estão indicadas as operações tipo "sling", das quais temos utilizado 2 opções: alça com aponeurose do reto abdominal ou cirurgia de TVT (tension free vaginal tape), técnica minimamente invasiva, que utiliza dispositivo especificamente fabricado para esse fim. Além da DEI, as operações tipo sling também são opção para casos de incontinência por hipermobilidade em pacientes obesas ou com pouca elasticidade vaginal, nas quais a operação de Burch pode estar dificultada.

          A técnica de TVT apresenta vantagens importantes, a saber: execução simples e uniforme, não permitindo, praticamente, qualquer variação significativa, de um cirurgião para outro; não tem incisões abdominais; não há necessidade de sondagem vesical de demora; tempo curto da operação e da internação. Esses fatores têm contribuído para a difusão do método que, em nossa prática, tem oferecido excelentes resultados.

          É importante lembrar que tanto as operações com alça de reto abdominal como as fitas TVT, exigem a realização de cistoscopia per-operatória, para verificar a integridade vesical.

          As injeções periuretrais têm resultado por tempo muito curto e são dispendiosas. Sua indicação está restrita a pacientes com deficiência intrínseca, com grandes limitações clínicas para qualquer outra técnica.

          Das causas de falha para o tratamento cirúrgico destacam-se as doenças pulmonares obstrutivas, obesidade, atrofia tecidual, diagnóstico incorreto da incontinência, escolha inadequada da técnica empregada e a instabilidade vesical.

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